Como o Open Insurance poderá transformar a personalização no novo diferencial competitivo das seguradoras
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Open Insurance: uma jornada regulatória que transforma a distribuição de seguros no Brasil
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Por Manuel Matos*
O mercado de seguros no Brasil está diante de uma transformação, guiada estrategicamente pelo Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros (PDMS). Este plano constitui a pedra angular para o entendimento e harmonia entre os subscritores de riscos (seguradoras) e a distribuição (corretores de seguros), definindo claramente o caminho para a implementação ordenada e eficaz das mudanças trazidas pela evolução do arcabouço legal e pelo Open Insurance.
Nesse contexto, o PDMS estabelece uma visão que prioriza inicialmente modalidades de seguros mais adequadas à inovação digital, deixando modalidades mais complexas para etapas subsequentes. A partir dessa orientação estratégica, derivam ações essenciais como as recentes decisões e ajustes promovidos pelo Conselho Deliberativo do Open Insurance (CDOI). Um exemplo disso é o desenvolvimento de um Mock Open Insurance alinhado à Lei Complementar 213/2025, incluíndo as SPOCs (Sociedades Processadoras de Ordem do Cliente) como peças importantes para operacionalizar a distribuição nesse novo ambiente.
À medida que essa transição evolui com transparência e diálogo constante, as seguradoras terão uma distribuição mais eficiente e orientada por dados detalhados do consumidor, enquanto os corretores terão a capacidade de evoluir para o papel de consultores especializados. Este alinhamento, orientado pelo PDMS e operacionalizado por ajustes estratégicos feitos pela governança do Open Insurance (OPIN), estabelece um ambiente robusto, colaborativo e harmônico.
Em síntese, o PDMS está no centro dessa orquestração estratégica, promovendo o diálogo e garantindo que seguradoras e corretores evoluam de maneira conjunta e integrada. Essa transição proporciona um futuro promissor para o setor de seguros no Brasil, fortalecendo a posição competitiva dos corretores, aumentando a eficiência operacional das seguradoras e, sobretudo, ampliando a inclusão financeira e proteção social dos cidadãos brasileiros.
* Manuel Matos é 1º vice-presidente da Fenacor, delegado do Sincor-SP e um dos idealizadores que introduziu os corretores de seguros na oferta de certificados digitais no Brasil. Também é coordenador do Comitê Open Insurance da Camara-e.net, entidade que presidiu durante cinco anos, e fundador da Via Internet Insurance Consulting, uma das empresas pioneiras da Internet no País.
