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11 de agosto de 2025
Open Insurance é apontado como nova fronteira de inovação no mercado de seguros
18 de agosto de 2025O Open Insurance deve ser peça-chave para que o mercado de seguros brasileiro alcance a meta de movimentar R$ 1,14 trilhão até 2030 e ampliar em 20% o atendimento à população mundial. A avaliação foi feita por Manuel Matos, idealizador do GuiaOpen, 1º vice-presidente da Fenacor e coordenador do Comitê de Open Insurance da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net), em reportagem publicada pelo portal Brazil Economy, no dia 8 de agosto. Para ler na íntegra, clique aqui.
Para Matos, o compartilhamento seguro e transparente de dados entre seguradoras e clientes, núcleo da estratégia do Open Insurance, pode transformar a penetração dos seguros no Brasil, sobretudo entre públicos historicamente desassistidos, como profissionais informais, microempreendedores e pessoas com renda variável.
“A democratização do setor de seguros é um movimento natural da economia. O Open Insurance busca tornar o acesso à proteção mais próximo da realidade das pessoas, com produtos compatíveis com sua renda, jornada e perfil de risco”, afirmou Matos ao Brazil Economy.
O executivo destacou ainda que ampliar o acesso à proteção traz impactos que vão além da segurança individual. “Quanto mais pessoas têm acesso ao seguro, mais estabilidade existe no ciclo produtivo. Além disso, há aumento da concorrência, melhoria de produtos e ajuste da relação preço-benefício à realidade do usuário. Democratizar o seguro é uma agenda econômica”, completou.
Dados da PwC Brasil mostram que as requisições de Open Insurance cresceram 80% em um ano, saltando de 8,4 milhões em 2023 para 15,2 milhões em 2024. O avanço foi impulsionado pelo compartilhamento de apólices pela maioria das seguradoras e pelo início de serviços como endosso, sinistro, resgate, sorteio, portabilidade e cotação.
O estudo “The Open Paradigm”, elaborado pela Câmara Brasileira da Economia Digital, reforça que países que aplicaram a Agenda Open com foco em inclusão registraram aumento da penetração de seguros em segmentos de baixa cobertura, cenário que, segundo Matos, pode ser replicado no Brasil com governança, segurança e engajamento de todo o setor.