
Novo estudo da Capgemini revela desafio do universo Open de gerar valor percebido pelo consumidor
22 de dezembro de 2025A distribuição de seguros no Brasil atravessa uma mudança silenciosa e profunda. Impulsionado pelo Open Insurance e pela integração ao Open Finance, o setor passa a operar em um ambiente mais digital, conectado e orientado por dados. Esse movimento é analisado no artigo “A transformação da distribuição de seguros no Open Insurance: o papel dos corretores no novo ecossistema digital”, publicado na Revista Brasileira de Risco e Seguro.
O texto, assinado pela CEO da SPOC Open Power, Priscila Figueiredo, foi o vencedor do II Concurso ENS de Artigos Acadêmicos em Seguros, na categoria Tecnologia e Inovação em Seguros – Prêmio Mario Petrelli, promovido pela Escola de Negócios e Seguros (ENS).
No artigo, o Open Insurance é apresentado como uma infraestrutura que redefine a lógica da distribuição de seguros no Brasil. Inserido no ecossistema de Open Finance, o modelo amplia o compartilhamento de dados, sempre com consentimento do cliente, e cria novas possibilidades de atuação para os corretores de seguros, especialmente aqueles habilitados como Sociedades Processadoras de Ordem do Cliente (SPOCs).
Em sua rede profissional, Priscila celebrou a conquista e destacou a proposta do trabalho. “O estudo analisa o Open Insurance a partir de sua base regulatória e dos efeitos práticos para a atuação dos corretores de seguros, especialmente daqueles habilitados como SPOCs”, comenta.
A reflexão avança sobre temas sensíveis ao novo modelo, como governança, segurança da informação e proteção de dados, além de explorar as oportunidades abertas pela integração entre Open Insurance e Open Finance. “O foco está nos desafios regulatórios e nas oportunidades decorrentes dessa integração”, pontuou Priscila, ao destacar que o artigo parte da prática para contribuir com o amadurecimento do debate no mercado de seguros. Ela também agradeceu à ENS “pela iniciativa do concurso e pelo espaço de produção e difusão de conhecimento técnico no mercado de seguros.”
A análise percorre as principais resoluções e circulares do CNSP e da Susep, detalhando os requisitos técnicos e regulatórios impostos ao mercado. Ao mesmo tempo, evidencia que as SPOCs representam uma evolução estratégica do papel do corretor, permitindo a oferta de serviços mais integrados, personalizados e alinhados às demandas de um consumidor cada vez mais digital.
O estudo, no entanto, mantém os pés no chão. Apesar dos avanços já alcançados, a autora aponta que ainda há lacunas nas jornadas eletrônicas do Open Insurance, que precisam ser complementadas para que os corretores consigam exercer plenamente suas atribuições legais e representar seus clientes de forma eficaz no novo ambiente.




