
Capgemini disponibiliza, na íntegra, a 4ª edição do estudo de análise do Open Insurance
15 de dezembro de 2025
Interoperabilidade avança e reforça integração entre Open Finance e Open Insurance no Brasil
15 de dezembro de 2025O Open Insurance desponta como um dos principais vetores de transformação digital da indústria de seguros ao ampliar a integração de dados, estimular a inovação e redefinir o papel dos corretores no relacionamento com os clientes. Essa é a principal conclusão do artigo “Open Insurance: o novo ecossistema para transformação digital da indústria de seguros“, publicado pela Revista Brasileira de Risco e Seguro.
O artigo foi escrito por Cassio Gama Amaral, pós-graduando do Doutorado Profissional em Administração da FGV EAESP, e por Eduardo de Rezende Francisco, professor e chefe do Departamento de Tecnologia e Data Science. Os especialistas constatam que, embora a transformação digital seja discutida desde os anos 1980, sua aplicação ao setor de seguros ainda é limitada, especialmente no que diz respeito à atuação dos corretores. Nos últimos dez anos, porém, a entrada de corretores digitais, Fintechs e Insurtechs, aliada ao avanço tecnológico, acelerou a digitalização do mercado e abriu espaço para um modelo mais colaborativo, impulsionado pelo Open Insurance.
Como contribuição central, os autores propõem um framework de decisão voltado aos corretores de seguros, com o objetivo de apoiá-los na avaliação da participação no Open Insurance, seja por meio de credenciamento regulatório direto, seja pela associação a uma Sociedade Processadora de Ordem do Cliente. A proposta busca orientar a transformação digital desses profissionais, considerando viabilidade, benefícios estratégicos e posicionamento competitivo.
O artigo dialoga com estudos internacionais que apontam dois grandes impactos do Open Insurance: o aumento da eficiência operacional e a criação de experiências mais ricas e personalizadas para os clientes, viabilizadas pelo maior volume e agilidade no processamento de dados. A abertura do ecossistema tende ainda a favorecer a comparação de produtos, a customização de soluções e a facilidade de mudança de provedores, ampliando os pontos de contato entre seguradoras, corretores e consumidores.
Os autores também destacam que empresas com baixo esforço inovador tendem a adotar apenas iniciativas defensivas, enquanto os players que buscam relevância futura precisam investir em estratégias mais agressivas de inovação, explorando tecnologias emergentes e novos modelos de negócio. Nesse contexto, a adesão estratégica e cooperativa ao Open Insurance é apontada como um dos caminhos mais promissores para seguradoras e corretores no Brasil e no mundo.
O estudo reforça ainda que a digitalização não se resume à adoção de tecnologia. Para que a transformação seja efetiva, as organizações precisam repensar seus modelos de negócio e sua proposta de valor. É nesse cenário que o corretor digital, especialmente no papel de SPOC, pode potencializar recursos como inteligência artificial, análise de dados, plataformas de comparação e CRM, entregando experiências inéditas aos clientes em relação ao modelo tradicional.
Criada pela Escola de Negócios em Seguros (ENS), em 2004, a Revista Brasileira de Risco e Seguro publica estudos e pesquisas nas áreas de seguro, resseguro, previdência privada complementar, capitalização, atuária, gerenciamento de riscos e temas correlatos, consolidando-se como um importante espaço de reflexão acadêmica e técnica para o desenvolvimento do mercado.




