
Open Insurance (OPIN) no Brasil: avanços, desafios e oportunidades para corretores e seguradoras
17 de novembro de 2025
Open Insurance ganha protagonismo no CQCS Inovação 2025 e reforça expectativas para 2026
17 de novembro de 2025A consolidação do Open Finance continua abrindo caminho para que o Open Insurance também avance rumo a um modelo mais maduro, equilibrado e com casos de uso reais para o consumidor. Essa foi a percepção da CEO da SPOC Open Power, Priscila Figueiredo, após acompanhar o evento “Inovação com responsabilidade – ITPs e a evolução do Open Finance”, promovido pela Associação dos Iniciadores de Transação de Pagamento (INIT), no dia 17 de novembro, em São Paulo.
O encontro reuniu lideranças do mercado financeiro e reguladores para discutir qualidade de dados, segurança operacional dos Iniciadores de Transação de Pagamento (ITPs), governança e a preparação do ecossistema para 2026. Nos painéis, representantes do Banco Central, de iniciadores e de plataformas tecnológicas ressaltaram que a evolução do Open Finance depende de uma base sólida de monitoramento, interoperabilidade e eficiência regulatória, pilares que também devem orientar o avanço do Open Insurance.
Ao comentar o evento, Priscila Figueiredo destacou que as discussões sobre dados e monitoramento reforçam o papel essencial dos ITPs para jornadas reais no Open Finance, relação que espelha a função das SPOCs no Open Insurance. Segundo ela, compreender a experiência do Open Finance ajuda a identificar práticas que podem acelerar o amadurecimento do OPIN, sempre respeitando as particularidades do setor de seguros.
Priscila observou ainda que, da mesma forma que os ITPs precisam do Open Finance plenamente funcional para entregar valor, as SPOCs dependem do OPIN operacional para que surjam casos de uso concretos. Para ela, é essa engrenagem integrada que permitirá ao ecossistema oferecer benefícios reais ao consumidor. A CEO também ressaltou as revisões normativas em andamento na Susep, que devem resultar em uma estrutura mais equilibrada, representativa e aberta à ampliação do universo de participantes, criando boas expectativas para os próximos meses.
Na sequência, o 1º vice-presidente da Fenacor, coordenador do Comitê de Open Insurance da camara-e.net e fundador do GuiaOpen, Manuel Matos, reforçou a importância dessa convergência entre ITPs e SPOCs. Para ele, a leitura de Priscila está totalmente alinhada aos princípios do PDMIS (Plano Diretor para o Mercado de Intermediação de Seguros), atualmente desenvolvido pela Fenacor.
Matos destacou que o plano prevê justamente uma arquitetura integrada entre participantes regulados, com governança compartilhada, equilíbrio representativo e foco absoluto na experiência do consumidor, sem abrir mão de segurança jurídica e supervisão. Segundo ele, a maturidade do ecossistema passa, inevitavelmente, pela cooperação estruturada, caminho que o PDMIS já aponta como natural para a inovação responsável no mercado de seguros.




