
Decreto fortalece papel da Susep em Brasília e impulsiona projetos como o Open Insurance
15 de setembro de 2025
Open Insurance avança no Brasil e promete transformar a experiência do cliente
22 de setembro de 2025Em reportagem de Wellton Máximo, a Agência Brasil destacou que o open finance completou cinco anos na semana passada, já transformando a forma como brasileiros lidam com serviços financeiros, embora ainda enfrente desafios de adesão e eficiência. Clique aqui para ler na íntegra
Um dos exemplos é o Pix por aproximação, lançado em fevereiro. O recurso, que permite pagar sem abrir o aplicativo do banco, só foi possível graças ao compartilhamento seguro de dados entre instituições financeiras, empresas de tecnologia e estabelecimentos comerciais. Essa troca de informações, autorizada pelo usuário e regulada pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), é o coração do open finance.
O sistema também está por trás de inovações como o Pix automático, que substituirá o boleto bancário, além da possibilidade de visualizar saldos em diferentes bancos numa única tela e ampliar o acesso a crédito com juros mais baixos. Desde abril de 2023, o compartilhamento de dados foi estendido para investimentos, câmbio, seguros, previdência privada e capitalização.
Segundo a Associação dos Iniciadores de Transação de Pagamento (Init), ainda há obstáculos para a expansão. Hoje, apenas 50% a 60% das transações via open finance são concluídas sem erros, quando o ideal seria 99,5%, como ocorre nos cartões. Para o diretor executivo da Init, Gustavo Lino, a segurança já está consolidada, mas é preciso avançar em eficiência.
Outro desafio é a adesão das empresas. Enquanto milhões de pessoas físicas já deram consentimento para compartilhar dados, o número de pessoas jurídicas ainda é baixo. Para o diretor-presidente da Init, Jonatas Giovinazzo, as barreiras são tanto burocráticas quanto tecnológicas, sobretudo para companhias com múltiplas contas bancárias e filiais. Uma das soluções em estudo é o processamento do Pix em lotes, o que facilitaria a vida de grandes empresas.
Apesar das dificuldades, especialistas avaliam que o potencial de crescimento está no setor empresarial, que movimenta mais recursos do que os indivíduos. O Banco Central também já planeja novos passos: em fevereiro de 2026, deve lançar a portabilidade de crédito via open finance, permitindo que correntistas transfiram operações entre bancos de forma mais simples. Se não houver atrasos, a funcionalidade será estendida ao crédito consignado, ampliando a autonomia dos consumidores.