
O Open Insurance está, finalmente, na agenda!
21 de julho de 2025
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21 de julho de 2025A comissária europeia para a Estabilidade Financeira, Serviços Financeiros e Mercado de Capitais, Maria Luis Albuquerque, anuncia que o regulamento FiDA (Financial Data Access) é uma das prioridades da Comissão Europeia em 2025. A notícia, divulgada pelo portal ECO Seguros, destaca que o regulamento promete revolucionar o setor financeiro europeu ao estender o conceito de Open Banking para o Open Finance, com especial foco no Open Insurance, que poderá transformar radicalmente a indústria dos seguros.
A matéria esclarece que entre os principais pilares do FiDA está o Open Insurance, um modelo que permitirá que segurados compartilhem seus dados com terceiros autorizados para receber propostas personalizadas de seguros. Assim como o Open Banking revolucionou os serviços bancários ao dar ao cliente o controle sobre seus dados, o Open Insurance pretende fazer o mesmo no setor de seguros, abrindo espaço para mais concorrência, transparência e inovação.
Na prática, o consumidor poderá autorizar insurtechs, fintechs ou corretores a acessarem seus dados com a seguradora atual — como histórico de sinistros, perfil de risco ou até informações clínicas — para receber ofertas mais vantajosas. Esses dados serão fornecidos obrigatoriamente pelas chamadas Financial Data Holders (FDHs), como seguradoras, bancos e fundos, e utilizados por Financial Information Service Providers (FISPs), as entidades que apresentarão novas propostas ao consumidor.
O FiDA cria um novo ecossistema de partilha de dados financeiros baseado em consentimento explícito, segurança e transparência. As empresas que cederem esses dados terão de garantir interfaces seguras (APIs) e obedecer ao Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD). O acesso poderá ser revogado a qualquer momento por meio de um painel de gestão de consentimentos.
Esse modelo empodera o consumidor, que passa a ser o verdadeiro dono dos seus dados, podendo compará-los, movê-los e usá-los para obter melhores condições no mercado de seguros, crédito, investimentos e outros serviços financeiros.
Apesar das promessas de maior eficiência e personalização, o setor de seguros tradicional vê o Open Insurance com cautela. A Insurance Europe, que representa 33 associações nacionais, incluindo a portuguesa APS, reconhece os benefícios para o consumidor, mas alerta para riscos regulatórios e de segurança.
Para reduzir resistências, a Comissão Europeia propõe uma implementação faseada do Open Insurance. Isso permitirá testar os mecanismos de partilha e interpretação de dados antes de avançar para produtos mais complexos.
Fonte: com informações da ECO Seguros