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Voltar de uma imersão internacional nunca é apenas voltar. É enxergar diferente. Passei dias intensos em Hartford, Connecticut — a capital mundial do seguro — onde participei da Imersão Internacional Innovation & Risk Management, promovida pela ENS. Vi tecnologia, tendências e números. Mas não foi isso que mais me impactou.
O que realmente ficou? A diferença de tempo entre mercados. Enquanto o mercado americano já passou por crises, guerras e décadas de maturação, o nosso ainda é jovem. Só começamos a ganhar corpo de verdade nos anos 90, com a estabilidade econômica. Isso não é um atraso. É um aviso: jogamos em tempos diferentes.
Nosso desafio não é correr para copiar. É traduzir e adaptar. Foi exatamente isso que a Imersão me mostrou. Em meio a reuniões e visitas técnicas, uma chave virou.
Corretores no Brasil ainda olham demais para produtos. Nos EUA, o olhar é outro: o cliente no centro, os produtos como meio. Por lá, o corretor que quer sobreviver e prosperar não é o que empurra apólices. É o que educa sobre riscos, orienta, acompanha e cuida. E, claro, usa a tecnologia para escalar essa entrega.
Não é sobre ter ou não ter tecnologia. É sobre como ela torna o corretor um consultor de riscos relevante e indispensável. Aqui no Brasil, ainda há uma janela aberta. O mercado deve ultrapassar R$ 1,1 trilhão em prêmios até 2030.
Até lá, ainda temos tempo para fazer o dever de casa: modernizar processos, atualizar métodos, treinar e desenvolver times e assumir o papel de consultores e gestores de risco. É isso ou virar espectador.
Volto dessa viagem com uma responsabilidade ainda maior: não é só sobre o que eu aprendi. É sobre o que precisamos fazer. A VISÃO 2030 está mais clara do que nunca: o mercado brasileiro de seguros está destinado a crescer. Mas só alguns vão crescer com ele.
Quem se prepara, lidera. Quem adia, será liderado.
* Genival de Souza e Silva é palestrante e sócio fundador do Dhomo Instituto