O papel transformador dos corretores de seguros credenciados como SPOCs: uma nova era para o Open Insurance
13 de julho de 2024Comitê Open Insurance da camara-e.net lança portal sobre seguro aberto
31 de julho de 2024A Escola de Negócios e Seguros (ENS) promoveu a Master Class “Inovação e Insurtechs em Foco”, no dia 8 de julho, para apresentar as principais transformações tecnológicas do mercado de seguros no Brasil. Para falar sobre o funcionamento das Sociedades Processadoras de Ordem do Cliente (SPOCs), a escola convidou o coordenador do Comitê Open Insurance da camara-e.net, idealizador do GuiaOpen e 1º vice-presidente da Fenacor, Manuel Matos. É possível assistir à transmissão pelo canal da ENS no Youtube.
Segundo Matos, o Open Insurance (OPIN) surgiu para atender às exigências do próprio consumidor. “Essa evolução em como operamos foi provocada pela mudança de hábito de consumo dos nossos clientes. Imaginem um ecossistema onde dados fluem livremente com o consentimento do segurado, criando oportunidades sem precedentes para a inovação, com personalização e produtos mais adequados, este é o mundo do Open Insurance”, iniciou.
Ele buscou desmistificar o conceito das Sociedades Processadoras de Ordem do Cliente (SPOCs), indicando que elas nada mais são do que corretoras de seguros que possuem licença para operar no OPIN. “Trata-se de uma ferramenta, nada mais do que isso. Uma ferramenta permitindo que corretores de todos os tamanhos participem ativamente do sistema de seguros abertos”, explicou.
No entanto, ele alertou que as SPOCs não devem ser vistas como uma solução mágica na distribuição de seguros no País, nem na organização do OPIN. “Como toda ferramenta, o seu valor depende de como a utilizamos. A verdadeira transformação virá de como nós, profissionais da corretagem de seguros, adaptaremos nossos modelos de negócios e a nossa mentalidade em relação ao futuro.”
O especialista destaca: “o Open Insurance não retira a necessidade de intervenção humana, pelo contrário, amplifica. O conhecimento do mercado, a capacidade de construir relacionamentos e a habilidade de interpretar dados para oferecer conselhos personalizados serão mais valiosos do que nunca. Acredito muito no poder do Open Insurance orientado pelo corretor de seguros”, disse.
Ele lembrou que as insurtechs e empresas de tecnologia já vinham buscando redesenhar o mercado de seguros e isso não é de hoje. “Mas, não acho que esse trabalho significa o fim de corretoras tradicionais ou de seguradoras estabelecidas. Significa apenas reinvenção para todos nós e o futuro vai pertencer a quem conseguir combinar o melhor da tecnologia com o melhor do toque humano e entender que corretores de seguros também evoluem e se adaptam. Certamente, veremos o surgimento de novos modelos de negócios, corretoras se transformarão em plataformas de serviços financeiros integrados, seguradoras em hubs de gestão de riscos e novos produtos e serviços surgirão. E no centro de tudo isso estará o cliente”, concluiu.
A Master Class contou ainda com a participação da advogada Camila Calais e mediação do professor da ENS e consultor em Open Innovation, Samy Hazan. A abertura oficial foi feita pela diretora de Ensino da escola, Maria Helena Monteiro.