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O papel da Inteligência Artificial no novo ecossistema do Open Insurance
2 de junho de 2025A Pansera Corretora de Seguros analisa que o Open Insurance no Brasil está entrando em uma nova fase estratégica, marcada por mudanças regulatórias e maior sinergia com o ecossistema Open Finance. A leitura foi feita com base em uma live promovida pelo Banco Central do Brasil (BCB), no dia 24 de abril, que apresentou as prioridades regulatórias para o biênio 2025-2026 — um marco relevante para o futuro do mercado.
Para o CEO da Pansera, Jairo Brandeburski, a evolução das diretrizes regulatórias representa um divisor de águas. “Estamos vivendo uma transição decisiva. O alinhamento entre o BCB e a Susep pode estabelecer um ambiente mais transparente, ágil e competitivo. As seguradoras que não inovarem para gerar valor ao consumidor podem ficar para trás”, analisa o executivo.
A proposta do Banco Central inclui o fortalecimento técnico da infraestrutura do Open Finance, com destaque para a padronização de APIs e sistemas de monitoramento mais eficazes. Essa base, segundo Brandeburski, é essencial e pode ser replicada no Open Insurance pela Susep, criando mais confiança entre consumidores e players do setor.
O superintendente da Susep, Alessandro Octaviani, afirmou durante a transmissão que a autarquia está comprometida em recalibrar o Open Insurance, com o objetivo de beneficiar todo o ecossistema. “Ao longo do programa, desafios novos surgem, mas seguimos em busca de um salto de qualidade, sempre com foco na satisfação do consumidor como bem público maior”, declarou.
Apesar do avanço, Brandeburski pontua que a percepção de valor do Open Insurance ainda é limitada por parte de algumas seguradoras. “Com o uso inteligente de dados, os benefícios ficam evidentes — como ofertas personalizadas e menor exposição a riscos operacionais”, afirma.
Outro destaque da agenda do BCB foi a portabilidade de produtos financeiros, como crédito, salários e investimentos. A Pansera avalia que essa tendência pode impactar positivamente o mercado, sobretudo nos seguros vinculados a produtos financeiros, como os prestamistas e habitacionais, que ganhariam mobilidade entre seguradoras.
Brandeburski acredita que a possibilidade de o consumidor migrar sua apólice com facilidade cria uma nova dinâmica de concorrência. “Quem oferecer uma jornada mais fluida e soluções aderentes ao perfil do cliente terá vantagem”, reforça. Ele também enxerga na governança colaborativa do Open Finance um modelo a ser seguido pela Susep, especialmente se houver planos de ampliar a portabilidade para seguros tradicionais, como os de vida, automóvel e residência.
Para o especialista, o cenário que se desenha é de transformação contínua. A integração entre as estratégias do Banco Central e da Susep abre espaço para inovação, liberdade de escolha e fortalecimento da concorrência. “A regulação está deixando de ser um entrave e se tornando motor de mudança”, conclui Brandeburski.
Fonte: com informações da Pansera Corretora de Seguros